Uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e das forças de segurança pública de Minas Gerais foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (7) para combater uma quadrilha envolvida com jogos de azar, corrupção policial e lavagem de dinheiro em Uberlândia e região.
A operação, batizada de "Águia", cumpre 32 mandados de busca e apreensão, 13 de prisão preventiva e dois de afastamento cautelar de servidores públicos. Entre os principais investigados estão policiais penais, um policial militar da reserva e empresários do setor clandestino de apostas.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação mobiliza cerca de 100 agentes, incluindo membros do Gaeco e das polícias Militar, Penal e Civil. Além de Uberlândia, a ação se estende à cidade de Maringá, no Paraná.
De acordo com as investigações, a quadrilha é comandada por herdeiros de um antigo contraventor da cidade e opera um esquema estruturado de exploração do jogo do bicho. Os criminosos utilizavam empresas de fachada para ocultar os lucros obtidos ilegalmente.
O nome da operação faz referência à águia, símbolo estampado nos comprovantes das apostas registradas pelo grupo.
Esta é a segunda fase da Operação Águia. Em abril de 2023, na primeira etapa da investigação, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, incluindo alvos dentro do sistema prisional. Na ocasião, também foi decretada a indisponibilidade de bens de seis investigados, totalizando R$ 36 milhões bloqueados.
As investigações seguem em andamento.