A tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul afetou 417 cidades e mais de 1,4 milhão de pessoas. Além da perda de casas e pertences, muitos moradores tiveram seus carros danificados pelas enchentes. O impacto financeiro será significativo também para as seguradoras de automóveis, o que pode encarecer o preço das apólices no futuro.
O valor do seguro de automóveis, assim como de outros setores, deverá subir em todo o Brasil. O Rio Grande do Sul não tem capacidade financeira para arcar com todos os custos gerados localmente, o que certamente levará a uma readequação nos prêmios dos seguros a nível nacional.
Embora ainda seja difícil estimar com precisão quanto cada seguradora repassará, é esperado um aumento de pelo menos dois pontos percentuais no valor do prêmio. Esses valores devem começar a subir a partir de julho, pois as seguradoras analisam os resultados ao fim de cada trimestre. Além disso, o número de sinistros no fim de junho será mais representativo dos prejuízos reais dos automóveis no estado.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), já foram registrados 8.216 veículos inundados, com mais de R$ 557 milhões pagos aos clientes. Este número, ainda preliminar, pode chegar a R$ 8 bilhões, representando a maior indenização já feita no mercado de seguros no Brasil.
O princípio do seguro baseia-se no mutualismo, onde todos pagam para que apenas alguns utilizem o serviço. As seguradoras possuem capacidade financeira para subsidiar esses eventos, mas em casos de catástrofe, perdem o lastro.
Por isso, toda seguradora possui uma resseguradora por trás, responsável pelos riscos e com atuação global. Essas empresas repassam os custos, que acabam chegando aos clientes.
Uma maneira de reduzir o impacto no bolso dos motoristas é contratar seguros com duração de dois anos. Optar por um seguro mais duradouro pode reduzir o custo de aquisição em cerca de 10%. Além disso, esse valor é pré-fixado por 24 meses, oferecendo maior previsibilidade financeira ao segurado.
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