Montanha-russa do Clube Atlético Patrocinense: Altos, baixos e investigações

A temporada 2024 do Clube Atlético Patrocinense tem sido marcada por altos e baixos. Em apenas seis meses, o time de Patrocínio, no Alto Paranaíba, passou de um bom início no Campeonato Mineiro para a desistência da competição devido a problemas financeiros. Em seguida, surgiu uma nova esperança para a Série D do Campeonato Brasileiro com a contratação de nomes conhecidos no cenário nacional, como o técnico Estevam Soares e o atacante Thiago Ribeiro.

Desafios e Rompimento de Parceria

No entanto, após o rompimento com a parceira que garantia a participação na quarta divisão nacional, o clube voltou a enfrentar dificuldades. A situação se agravou com a partida contra a Inter de Limeira, que está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) por suspeita de manipulação de resultados. A Operação Jogo Limpo, realizada nesta quarta-feira (26), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Patrocínio.

O Início da Crise

A crise no clube começou em 20 de março, quando o Patrocinense perdeu por W.O. para o Ipatinga devido à falta de pagamento da taxa de arbitragem. No dia seguinte, o ex-presidente Ronaldo Corrêa afirmou que o pagamento não foi realizado por culpa de um dos patrocinadores, mas garantiu que o time jogaria as duas rodadas restantes, o que não ocorreu.

Uma Nova Esperança

Um mês após desistir do Campeonato Mineiro, o Patrocinense anunciou sua participação na Série D do Campeonato Brasileiro. O clube firmou uma parceria com a agência esportiva Air Golden e contratou Estevam Soares e Thiago Ribeiro. A parceria, inicialmente prevista para durar até o fim da Série D, poderia ser prolongada se algumas metas fossem alcançadas.

Nova Desilusão e Rompimento

No entanto, em menos de dois meses, a parceria foi rompida. Com a renúncia do presidente e dirigentes, término da parceria com o investidor, demissão do técnico e dispensa de jogadores por falta de verba, o clube voltou a enfrentar uma crise. Estevam Soares foi demitido e seis jogadores, incluindo Thiago Ribeiro, foram dispensados. A Air Golden notificou judicialmente o clube por não cumprir cláusulas do contrato, exigindo uma multa de quebra de contrato de cerca de R$ 700 mil.

Investigações de Manipulação

Nesta quarta-feira, o presidente do Patrocinense, Roberto Avatar, confirmou a investigação na sede do clube e afirmou que o CAP está colaborando com a PF. A investigação foi iniciada após um relatório da Sportradar, empresa especializada em detecção de fraudes relacionadas a apostas, indicar conhecimento prévio de que a equipe perderia o primeiro tempo da partida contra a Inter de Limeira por ao menos dois gols. Durante a partida, disputada em 1º de junho, o Patrocinense sofreu três gols na primeira etapa.

A Inter de Limeira, em nota, afirmou estar ciente das investigações e se colocou à disposição das autoridades, reiterando seu compromisso com a ética e transparência no esporte.