Nesta quinta-feira (29), o líder religioso Weder Alves Garcia, de 43 anos, foi preso em Frutal, no Triângulo Mineiro, sob suspeita de abusar sexualmente de mulheres, adolescentes e crianças, utilizando sua posição de fé para cometer os crimes.
A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Frutal durante a operação "Voto de Silêncio", coordenada pelo Delegado Bruno Giovannini de Paulo. Até o momento, Garcia é suspeito de pelo menos seis estupros, embora a polícia acredite que o número de vítimas possa ser maior.
Durante a operação, a polícia cumpriu outros três mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de uma arma de fogo e documentos que corroboram as acusações contra o líder religioso. Segundo as investigações, Garcia conduzia um grupo secreto, onde as pessoas pagavam para participar e eram obrigadas a manter silêncio sobre os rituais que ocorriam.
Os estupros, conforme relato das vítimas, aconteciam em um local conhecido como "quarto do sigilo". Nesse ambiente, o líder utilizava imagens intimidadoras e forçava as mulheres a entrarem em um alçapão com ele, alegando que um espírito exigia relações sexuais para realizar os pedidos de fé das participantes.
A vítima mais jovem identificada pela polícia tem apenas 9 anos. Além disso, foi descoberto que aqueles que tentavam deixar o grupo eram ameaçados com "trabalhos espirituais" e com o uso de uma arma de fogo.
O advogado de defesa de Weder Alves Garcia nega as acusações e alega que há uma rivalidade entre pontos de culto que estaria motivando as denúncias
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